- Explosão demográfica e crescimento urbano.
- Nas cidades urge a renovação rápida do parque habitacional degradado e insuficiente, surgindo a construção em altura, que exigiu a revisão dos sistemas construtivos vigentes.
- Com a industrialização surge a necessidade de implantação de novas infraestruturas materiais para a produção e transporte.
- Solução: Os novos materiais e técnicas.
A “arquitectura do ferro” inicialmente designada por “arquitectura dos engenheiros” deparou-se com problemas de aceitação.
Os arquitecto recusam os novos materiais e as novas técnicas, pretendendo manter a tradição clássica. Permanecem ligados à estética do romantismo e do neoclassicismo.
Utilizam os materiais nobres e mantêm a tradição académica.
Os engenheiros (formados pelas Escolas Politécnicas) utilizam os novos materiais nas obras públicas e utilitárias.
Estes profissionais possuem uma maior preparação cientifico-técnica, utilizam os novos materiais (ferro e vidro) para os desafios crescentes das alterações urbanísticas e dos transportes.
No entanto, observa-se, por parte de alguns arquitectos, o recurso a estruturas de ferro para resolver problemas técnicos ou, ainda, na realização de profusas decorações revivalistas, sendo, num e noutro caso, sempre devidamente cobertas ou disfarçadas.
A arquitectura começa timidamente por se servir dos novos materiais e dos seus sistemas construtivos escondendo no entanto a sua estrutura sob fachadas de pedra ou tijolo.
Os novos materiais, fruto da Revolução Industrial, são aplicados inicialmente nas oficinas de tecelagem para substituição das traves de madeira.
Desde então o mecânico substitui o pedreiro e o engenheiro o arquitecto.
Todo o desenvolvimento da civilização industrial trouxe consigo a necessidade de novas infra-estruturas como pontes e viadutos, fábricas, armazéns, estufas, mercados, pavilhões de exposições e estações de caminhos de ferro.
Com os transportes, surgem as novas vias e as pontes.
Os materiais fabricados industrialmente – ferro (associado ao vidro) e, mais tarde, o aço e o betão –, assim como as novas tecnologias permitiram o recurso à prefabricação e estandardização de peças.
A maior resistência/leveza desses materiais tornou possível a construção de edifícios de estrutura mais resistente, grandes vãos (pontes e viadutos), espaços interiores
mais amplos e iluminados por luz natural, que se puderam adaptar a diversas funções.
Até 1880, existe uma tendência para camuflar a estrutura.
Nos finais do século XIX, detecta-se uma mudança de gosto, favorecida pelas experiências realizadas nas grandes Exposições Universais, tendo sido a Torre Eiffel, em 1889, um marco indiciador desta nova atitude de aceitação e de reconhecimento das capacidades estéticas do ferro.
Ponte do Rio Severin(Grã-Bertanha) - 1779
Projecto de Abraham Darby
Viaduto do Garabit - 1882
Projecto de Gustave Eiffel
Ponte de Forth(1882-89) Escócia
Projecto de Sir Benjamin Baker
Ponte de Sunderland (1793-96)
Projecto de Thomas Paine e Burdon
Espaços Comerciais:
Le Bon Marché (1852)
Fachada
Corte
Projecto de Les Halles de Victor Baltard
A partir de 1851, com as exposições mundiais
dá-se a aceitação estética deste tipo de arquitectura
Grande Exposição Universal de Londres,
Projecto do jardinheiro Joseph Paxton (1803-1865)
Exposição Universal de Paris - 1889
Galeria das Máquinas - Exterior
Galeria das máquinas - interior
Torre Eiffel
As Fábricas eram construidas com métodos de pré-fabricação muito avançados
Jules Saulnier
Chocolaterie Meunier (1871-72)
Espaços Lúdicos
Biblioteca Nacional de Paris
Henri Labrouste
Estilo Eclético
1862-1868
A Arquitectura do ferro em Portugal
As industrias estrageiras como a alemã, Inglesa, a belga e a francesa fizeram várias encomendas que impulsionaram a construção de várias obras no País das mais variadas estruturas metálicas.
Salientam-se:
O Palácio de Cristal No Porto (1861-1865) ,
projecto do engenheiro Thomas Dillens Jones
Ponte D. Maria pia, Porto
Projecto de Gustave Eiffel
Gare de Sta Apolónia
Engenheiro francês P.J. Pézerat
Elevador de Santa Justa (1901)
Projecto Raul Mesnier de Ponsard
Projecto do Eng. Francês
Liga a Alta de Lisboa à Baixa
O Engenheiro não possui formação artística por isso convida o arquitecto Louis Reynard.
A Obra tem uma gramática neo-gótica.É um exemplo de uma obra realizada por um arquitecto e um engenheiro.
Antigo Mercado da Praça da Figueira, 1885
Projecto do engenheiro Manuel Maria Ricardo Correia
Praça da Figueira - interior
Demolido em 1949.
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